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Nem a safadeza funciona! Pedágio: A instituição falida.

Nem a safadeza funciona! Pedágio: A instituição falida.

Como os políticos poderiam aumentar a arrecadação mesmo com tarifas mais baixas ou até gratuitas!

Eu lembro como era triste morar em um país em que as poucas e precárias estradas disponíveis foram doadas a políticos travestidos de empresas que transformaram as vias em maquinas de arrecadação partidária. Além da vida já ser difícil e perigosa, as poucas e curtas viagens que os brasileiros conseguem fazer são marcadas não só por uma gasolina extremamente cara, mas pela frustração constante de ser assaltados pelo crime organizado.

Mas sacanagem mesmo é essa turma ter toda essa nação de ovelhinhas a sua disposição e não saber explorá-las direito.

Eu vou demonstrar aqui como os políticos poderiam ganhar mais dinheiro e ao mesmo tempo, baixar a tarifa ou torná-las gratuitas com o mesmo fluxo de tráfego.

Uma praça de pedágio comum no Brasil consiste em um bloqueio físico na estrada onde os carros devem se dirigir a pequenos espaços onde existe uma barreira móvel e uma janela com um funcionário. Ali o motorista deve abrir a sua janela e pagar a pessoa (exclusivamente em dinheiro) a quantia exigida. Assim que o pagamento for concluído, o acesso ao restante da estrada é liberado.

Errado.

Eu concordo.

Errado também é o valor dessa tarifa ser fixo!

Não faz sentido algum!

Vamos usar como exemplo uma certa estrada, que liga uma certa capital a um certo litoral. Nessa estrada-exemplo, o pedágio conta com 16 cabines de arrecadação e o valor atual (Jan/16) para carros de passeio é de R$ 7,10.

Agora eu pergunto: quando você vai assistir um jogo de futebol, todos os assentos custam o mesmo? Quanto você viaja de avião? Todos os assentos custam o mesmo? Quando você compra o carro que vai te fazer pagar até pra partidos políticos você paga sempre o mesmo preço? NÃO!

Por que o valor do pedágio é o mesmo para todas as pistas?

É a mesma estrada? É!

Mas as pessoas não são as mesmas!

Se a estrada fosse minha eu faria o seguinte:

Duas cabines custariam $2,50. Três cabines custariam $4. Seis cabines custariam $7. Quatro cabines custariam $20 e uma cabine custaria $50.

Preciso explicar mais alguma coisa?

Deixa quem não tem dinheiro, quem não pode gastar ou quem se nega a pagar safado, esperando na fila. E deixa quem está com pressa pagar pelos outros!

Voltando ao exemplo da passagem de avião: As pessoas acham absurdo os valores da primeira classe e da classe executiva em comparação com a classe econômica (que corresponde a grande maioria dos assentos). A verdade é que são as pouquíssimas pessoas que estão na primeira classe e na classe executiva que custeiam o voo que você está fazendo lá atrás. São elas que pagam pela grande parte do voo e o seu lucro. Uma operação de aviação é caríssima e o valor que você paga pela sua passagem é extremamente mínimo. Não existe lucro algum na classe econômica.

Essa é a ideia em um pedágio de múltiplos valores. Que a arrecadação se concentre em quem tem condições de pagar mais. Chama as pistas de valores altos de VIP ou de Super VIP ou de Ouro ou de Premium ou do que quiser. Deixe que o ego dos motoristas e de seus ocupantes paguem por isso. Ainda mais no Brasil onde as pessoas vivem para se exibir. Deixem elas contarem nos seus destinos que fizeram um tempo mais curto de viagem porque pagaram mais por isso. Que achem um absurdo o tamanho das filas de quem tem menos dinheiro. Coloque a competição e constante necessidade de aprovação dos brasileiros em favor de uma maior arrecadação.

E ao mesmo tempo, facilite para quem tem menos dinheiro não os extorquindo com mais uma punição. Isso também abre a possibilidade para pistas gratuitas ou semi-gratuitas, na qual os usuários pudessem ser submetidos a panfletos publicitários, por exemplo.

Nas pistas mais caras, os políticos ainda poderiam fazer acordo com anunciantes que poderiam oferecer brindes e publicidade direcionados para esse público, que poderia exibir esses mimos ainda como troféus por terem passado na mais nobre das pistas.

Na verdade, o ideal seria que essas tarifas fossem flutuantes de acordo com o fluxo da estrada. Quanto mais usuários ao mesmo tempo, mais cara a tarifa. Ou que, a cobrança fosse digital sem a necessidade de que os veículos parassem, mas, muita evolução ao mesmo tempo não combina com a natureza do país e do seu povo. Apesar que (acordem!), caixa dois se faz mais fácil com dinheiro vivo.

Para finalizar, lembremos de um dos mandamentos básicos do capitalismo: Tempo é dinheiro. Cada um sabe o valor do seu.

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